segunda-feira, 23 de março de 2015

Pra sempre criança!




É criança, a vida passou!
Como você cresceu rápido!
Como mudou!
Alguns de seus amigos já estão formados,
Outros, até casados!
Alguns, não mantêm contato,
Outros, permanecem intactos.
Você se distanciou,
Se sente sozinha!
Já não é mais aquela garotinha!
Alguns familiares já nem se lembram de você,
Outros, farão sempre questão de te ver.
Como é incrível e assustador ver tudo acontecendo.
Você se perde...
Um dia acorda pra ver que o agora tem que estar vivendo.
Da janela você observa atenta,
Cada mudança, cada sentença.
E, capta tudo como se fosse uma antena.
Tem vezes que você se desliga,
Mas só por um instante.
Nunca se esqueceu das coisas boas que viveu,
Todas essas estas estão guardadas na memória,
Junto com aquelas que perfuraram o seu eu.
No porta-retrato você leva as lembranças,
Delas faz um desenho mental,
De tudo aquilo que serve de motivação,
Pras coisas que ainda virão.
Mas, sente saudade e fica perdida!
Porque, na vida,
Todos os mistérios e sentimentos,
Compreendidos, nunca serão!
E num sussurro, seus pais dirão:
Mantenha-se de pé! Levante-se!
A vida é agora,
E não depois!


terça-feira, 17 de março de 2015

Livre




  Hoje eu acordei e vi um mundo diferente. 
  As coisas que eu costumo ver e que costumo olhar, hoje, me pareceram de um outro jeito, como se eu não estivesse aqui, como se eu estivesse olhando o mundo de fora, como um espírito que salta de seu corpo e enxerga a tudo e a todos. Onipresente. 
  Hoje, tirei o dia pra observar e aprender. Aprender com quem eu nunca conheci, aprender comigo mesma,         aprender com quem estivesse afim de me ensinar.
  Hoje, tirei o dia de folga, caminhei sob nuvens, mergulhei em copas, observei espíritos, naveguei sob rios, trilhei cidades, voei na companhia de pássaros, retirei ensinamentos de todas as formas possíveis de vida. Eu resolvi tirar todas as roupas que me apertavam, o tênis desconfortável que machucava meus pés, o sutiã que me deixava marcas, a calça que pressionava meu estômago.
  Quis me sentir livre, assim como vejo que o mundo me quer. 
  Livre pra pensar, filosofar, aprender, amar, viver. Livre pra emergir o que fosse possível. 
  Livre pra questionar todos os dogmas impostos sobre mim. Livre pra questionar essa tal de injustiça. Livre pra questionar o que todos chamavam de sociedade. Livre pra questionar o que é seu, o que é meu. Livre pra querer viver no país que EU ESCOLHI pra viver e não aquele que me foi dado por natureza. Livre pra explorar a natureza. Livre pra saltar de um precipício. Livre pra observar a vida de outras janelas que não fosse a minha. Livre pra conhecer culturas. Livre pra cantar alto e estourar todos os tímpanos de quem estivesse por perto. Livre pra dançar e rodopiar, até ficar tonta, até cair e não saber como levantar. Livre pra sorrir. Livre pra tirar a roupa e foda-se essa porra toda de indumentária. 
  Eu queria mais é sentir meu corpo. Eu queria sentir todos os 5 sentidos que me pertenciam. Eu queria que cada objeto e cada fresta de ar pudesse ser sentido por cada molécula que fazia de mim uma formação complexa e sem definição. Eu queria é sair correndo e gritar tudo aquilo que você não estava tão afim de escutar.
  Eu queria é que os dias fossem mais longos e menos curtos. Eu queria é que eles passassem bem lentamente pra eu passar o dia te beijando. Eu queria ser uma criança que se lembrou de como é brincar livremente pelo gramado do quintal da frente. 
  Eu queria ser o mar. INFINITO
  Eu queria que ele me contornasse, assim como contorna e permeia o Globo.
  Eu queria que ele mostrasse todos os seus vales, com todas as suas profundezas, mistérios e vidas que dentro dele cabem.
  Eu queria que ele permeasse tudo que há de bom.
  E, assim como emergiria em mim, pudesse eu fazer o contrário e permeá-lo com tudo que jaz de bom dentro de   mim. 
  Eu queria mostrar meus defeitos. Meus anseios. Meus desejos e todos meus segredos.
  Eu queria permear e semear vida. 
  Assim como sempre ansiei e desejei que ela fosse minha.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Pra começar...







Pra começar.
Pra começar, eu nem sei como começar, eu nem sabia como dar procedência ao que todo mundo veria o que antes era só "meu".
Pra começar, eu queria que fosse devagar, eu não queria dar de cara com nada que pudesse dar errado.
Pra começar, eu estaria dando um passo a frente, a mais, avançando e botando tudo pra ganhar e pra perder.
Pra começar, eu teria que fingir que está tudo bem, sem nem ao menos saber se está tudo bem.
Pra começar, eu tenho que mostrar meu eu, com o medo de mostrar tudo que eu nem sei.
Pra começar, eu teria que engolir os bullying's, as risadas, os comentários ruins e aceitar as críticas. 
Pra começar, é sempre difícil começar sem o temido medo do medo.
Pra começar.... é só começar.
Pra começar... 
Só começa logo essa porra!